segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mantorras: o novo problema de Quique Flores

Como todos sabemos, Mantorras foi o nosso herói no jogo contra o Rio Ave, mas daqui em diante tudo será diferente, e porquê?

Porque Quique sempre teve um discurso coerente e lógico, com base no trabalho e capacidade e empenho dos jogadores e, no jogo passado, coloca em campo um jogador do qual ainda nada tinha visto em jogos oficiais esta época. Repare-se, quando urgia ganhar o jogo sob pena do Porto nos fugir, Quique optou por um desconhecido, que ainda por cima não é um craque - sejamos honestos. Onde está a coerência e lógica nesta decisão? Não está, mas está o instinto, que também é importante nas competências técnicas de um treinador. Realce-se a incoerência entre o discurso do nosso treinador e a sua decisão em colocar o Mantorras. Contudo, ainda bem que foi incoerente.

No próximo jogo contra o Porto, muito provavelmente os avançados titulares serão Suazo e Aimar ou Nuno Gomes, segundo a lógica coerente de Quique. Especulemos: se estivermos a perder a meio da segunda parte e Quique quiser substituir um avançado para dinamizar o jogo ofensivo, quem colocará? Cardozo ou Mantorras?

Mantorras passou a ser opção para o ataque benfiquista. Qual será a sua reacção daqui em diante caso não seja chamado a jogar com a frequência que deseja? Haverá perturbações no jogador ou na equipa?

Esta nova situação do Mantorras terá de ser gerida como muita inteligência. A minha opinião é que o Mantorras deverá ser um jogador para entrar em jogos contra equipas teoricamente inferiores quando a meio da segunda parte o resultado não seja aquele que desejaríamos. Atribuir maior preponderância é não ser coerente, lógico e realista!

Sem comentários: